PR insta às FADM a continuarem a reflectir o patriotismo e unidade nacional
Tete (Moçambique), 25 de Setembro de 2023 – O Presidente da República e Comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, insta às Forças armadas de Defesa de Moçambique (FADM) a continuarem a ser o espelho do patriotismo e da unidade nacional, colocando os soldados, praças e os sargentos no topo das prioridades e, de forma visível, intensificar o processo de treino e formação militar para outros patamares da prontidão combativa para responder ao carácter dinâmico das ameaças cada vez mais difusas.
Paralelamente a isso, as FADFM deverão reforçar a capacidade combativa, adequando a doutrina e postura aos desafios do âmbito estratégico operacional. E a respeito disto alerta que as FADM não estão na fase defensiva, mas na ofensiva.
Por isso, devem promover e desenvolver as relações civis militares através da interação com as comunidades locais, respeitar os direitos humanos nos teatros operacionais, sendo que neste último aspecto o Presidente afirma que o país tem sido um grande exemplo.
As FDM devem igualmente reforçar a boa coordenação nas operações conjuntas e combinadas com as forcas irmãs de defesa do Ruanda e com a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMI, sigla em inglês) e aprimorar outros apoios multilaterais e de carácter bilateral em curso.
“Como Governo, continuaremos a criar as condições logísticas que aprimorem a capacidade de intervenção das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, tornando-as aptas para responder a quaisquer desafios de segurança para que sejam as mais modernas possíveis, direccionando recursos tecnológicos e meios que ajudem na defesa da pátria e soberania”, garantiu.
Segundo o Chefe de Estado, a situação de segurança na província de Cabo Delgado está no centro das atenções do governo, pois as acções terroristas perturbam a paz, o bem-estar das populações e regridem os esforços do Governo em prol do desenvolvimento. Ademais, os ataques terroristas provocaram a perda de vidas humanas, o fluxo de deslocados internos, violações sistemáticas dos direitos humanos, destruição de infra-estruturas públicas e privadas, paralisação dos projectos de desenvolvimento, entre outros aspectos.
E sublinha que é dever das FADM, enquanto instituição responsável pela defesa e salvaguarda da soberania, combater energicamente e eliminar todo e qualquer tipo de ameaça à estabilidade nacional.
O estadista diz estar ciente e encorajado com os resultados que estão a ser alcançados no campo operacional, o que se pode notar pelo visível retorno das populações às suas zonas de origem e que pouco a pouco retomam as suas vidas normais. Além disso, regista-se, de forma notável, o retorno das actividades económicas e o normal funcionamento das instituições públicas e privadas em todos os distritos da província de Cabo Delgado.
“Estes resultados em nenhum momento devem significar abrandamento das acções militares. Deverão constituir causa da intensificação das operações em curso. Não podemos cometer os mesmos erros de desactivar o poderio das Forças de Defesa e Segurança quando consideramos que a batalha foi superada com sucesso. Estamos cientes dos desafios conjunturais, mas as circunstâncias impõem-se a adequar-nos às metamorfoses permanentes que ameaçam a segurança e a viabilidade da nossa agenda”, sublinhou o estadista.