PR anuncia recolher obrigatório na área Metropolitana de Maputo
Maputo, 05 de Fevereiro de 2021 – O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, anunciou ontem, durante a Comunicação à Nação, o recolher obrigatório na área Metropolitana de Maputo, (Cidade de Maputo, Matola, Marracuene e Boane), entre os período das 21 horas às 04 horas, a vigorar todos os dias durante um mês.
A capital é o epicentro da pandemia de Covid-19 em Moçambique. O recolher obrigatório noturno. Locais de culto vão encerrar e Moçambola será suspenso.
Esta é medida mais visível de um conjunto de novas restrições anunciadas pelo Chefe do Estado, para fazer face ao aumento das infecções por coronavírus, sobretudo depois de ter sido detectada uma nova estirpe, mais contagiosa.
Os locais de culto terão de encerrar e serão interditas celebrações religiosas, conferências, reuniões e eventos sociais privados. O Presidente Nyusi anunciou também o adiamento das aulas presenciais em todos os níveis de ensino, reforçando que é proibida a venda de bebidas alcoólicas em barracas, e determinou a suspensão dos jogos do campeonato nacional de futebol, o Moçambola, a partir de 8 de Fevereiro. São também proibidos jogos recreativos e de escalões amadores.
Na sua comunicação, o Chefe do Estado apelou à consciência de todos, sobretudo dos jovens que devem parar e adiar as festas e encontros sociais, anotando que neste momento não há ninguém que não tenha um familiar, amigo, vizinho ou cliente assíduo que não esteja infectado ou afectado pela Covid-19.
O Presidente Nyusi lamentou o facto de a Covid-19 estar a matar profissionais de saúde, sublinhando que não há quem não faz falta, mas há profissionais que a sua substituição é mais difícil e demorada que outros.
Segundo o estadista, as medidas tomadas pelo Governo não são agressivas, explicando que o recolher obrigatório não deve ser entendido como um confinamento total ou “lockdown”, como noutros países.
O Chefe do Estado recordou que as medidas são de cumprimento obrigatório, porque se isso não acontecer, o cenário dramático poderá agravar-se, tornando-se numa catástrofe de grandes dimensões. “Não toleraremos situações de afronta que periguem a um único moçambicano,” advertiu o Presidente Nyusi.