PR: 25 de Setembro deve ser data de reflexão sobre as ameaças à pátria

Data: 25/09/2023
 
PR Nyusi orienta as cerimonias Centrais do 25 de Setembro e inougura Av. Filipe Nyusi em Tete-9

Tete (Moçambique), 25 de Setembro de 2023 – O país comemora hoje o 25 de Setembro, o Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), efeméride que coincide com o 59 aniversário do desencadeamento da Luta Armada de Libertação Nacional. E sobre este momento, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, sublinha que não se deve resumir apenas à comemoração das conquistas até agora alcançadas pelas FADM, mas um momento de reflexão sobre as profundas e difusas ameaças à defesa da pátria que a cada dia emergem.

“É dia para recordar com emoção todos os heróis do 25 de Setembro, é dia de exaltar os valores da unidade nacional, o espirito patriótico mantido vivo ao longo dos quase 50 anos da independência”, considerou o Presidente na sua comunicação aa nação por ocasião da efeméride, na província de tete, no centro do país.

Segundo o Chefe de Estado e Comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique, Tete é hoje o quartel-general das FADM, e justifica que a escolha deste ponto para acolher as cerimónias centrais obedeceu a lógica de que todo o território nacional é Moçambique, mas sobretudo um tributo ao papel desta província no contexto da luta pela independência.

Segundo o estadista, nesta província foram travadas renhidas batalhas contra o exército do regime colonial português. Foi em Tete onde as Forças Armadas de Moçambique (FAM) e Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM) repeliram com valentia as investidas do regime racista e minoritário da então Rodésia de Ian Smith.

As cerimónias da data acontecem sob o lema “Forças Armadas de Defesa de Moçambique” uma força credível de elevada prontidão para a defesa de Moçambique, do seu desenvolvimento e prosperidade”.

E a este respeito, o Comandante-chefe das DFS saudou às FADM em todo o território nacional e nas trincheiras, e, de forma geral, a todos os membros das FDS pelo seu engajamento na defesa da soberania, integridade territorial, bem como na consolidação da unidade nacional e na promoção e defesa do interesse nacional.

O Presidente da República prestou uma “digna e merecida homenagem” a todos os jovens de 25 de Setembro de 1964, jovens que deram a sua juventude e suas vidas para que, hoje, Moçambique pudesse desfrutar da liberdade do exercício democrático, da paz e progresso como uma nação que se afirma no Conserto das Nações.

“Hoje, o seu legado é devidamente valorizado por sucessivas gerações dos jovens que, ingressando nas Forcas Armadas de Defesa de Moçambique, inspiram-se na geração de 25 de Setembro. O 25 de Setembro imortaliza o sacrifício, coragem, bravura e patriotismo dos melhores filhos desta nação que, em diferentes fases da nossa história, têm colocado acima dos seus interesses a defesa da pátria amada”, afirma o estadista.

O estadista faz menção ao facto de que desde o alcance da independência o país ter enfrentado desafios diversos que poem em causa o desenvolvimento e a harmonia entre os moçambicanos, referindo-se aos fenómenos naturais cíclicos, hostilidades armadas e actualmente o terrorismo na província de Cabo Delgado.

Assim, o Presidente Nyusi considera a defesa da pátria como a condição primordial para a manutenção de todas as outras formas de independência do país. Por isso, explica que ao se comemorar o 25 de Setembro como o dia das FDM pretende-se imortalizar a data para que as gerações vindouras “conheçam este importante marco histórico e encarem os valores de pertença a esta pátria que custou sangue”.

Por ocasião das celebrações e reconhecimento da participação activa na luta de libertação da pátria nas frentes da luta armada ou clandestinidade; no combate diplomático e da informação e propaganda; nas batalhas triunfais da independência, democracia e paz, bem como no esforço abnegado tendente a valorizar e perpetuar conquistas desta luta decidiu, o Presidente da República condecorou em todo o país 979 cidadãos nacionais com a medalha “Veterano da Luta de Libertação de Moçambique”, para quem a entrega abnegada destes sirva de exemplo para as gerações actuais que hoje enfrentam o terrorismo em Cabo Delgado.